Bom,no site contos ancestrais,você pode ler sobre a história dos antepassados de nossa e de outras civilizações,vamos ver agora a seguinte história:
Chegou cansado e mentalmente exaurido. O velório e as cerimônias fúnebres haviam varado a madrugada e acompanhara cada passo, desde a liberação do corpo até o sepultamento, sem descansar um minuto. Agora; só queria dormir e esquecer.
Aqueles foram os dois mais terríveis anos de sua vida. E agora, mesmo tendo perdido a pessoa que mais amara na vida, só podia sentir alívio e uma pontada vergonhosa de alegria. Sim; sentia-se envergonhado de estar feliz pela morte da única mulher que amara em toda a sua miserável existência. Sua alma gêmea – como ela sempre dizia – e ele concordava sem pestanejar.
O casamento foi feliz. Era amado e amava. O sexo era maravilhoso e, mesmo com o passar dos anos, ainda continuava tórrido e cheio de descobertas provocantes. Seus dois filhos, já crescidos, formados e com suas próprias famílias; eram pessoas de sucesso e tinham vidas igualmente felizes e confortáveis.
Mas, naqueles últimos dois anos… a sua vida se transformou num verdadeiro inferno na terra.
Ana, sua amada esposa, fora diagnosticada com um tumor cerebral inoperável que provocava fortes mudanças de personalidade e de humor. Conforme a doença foi se agravando, Ana alternava momentos de lucidez e amor com a mais profunda e obscura maldade e loucura.
Desenvolveu uma paranóia inexplicável que ia e vinha de forma quase instantânea e a fazia enxergar mil tramas contra sua vida. Em várias oportunidades, para se defender dessas tramas imaginárias, tentara matá-lo enquanto ele dormia ou envenenara sua comida. Mesmo que ele fingisse não acreditar, depois da segunda internação e de três paradas cardíacas, aprendera que não poderia mais confiar no que ela lhe servia nem quando aparentava estar de bom humor.
Ela sempre sorria e dizia que o amava. Eles se beijavam. Passavam horas abraçados e deitados juntinhos. Ele adorava ouvi-la dizer que eram “almas gêmeas” e que haviam sido feitos um para o outro.
Esses cada vez mais raros momentos de amor e paz eram substituídos rapidamente por rompantes de puro ódio, palavrões que ele nem imaginava serem conhecidos por ela. Tapas, chutes, bofetões, mordidas… ele suportava tudo. Apenas a abraçava com toda força que possuía e chorava, esperando que o ataque passasse logo. Muitas vezes, os ataques duravam tempo demais e ele se feria até com certa gravidade. Mas, jamais aceitara interná-la em uma instituição ou mesmo deixá-la em definitivo num hospital. Permaneceria ao seu lado até que um dos dois morresse...
A continuação deste conto você pode encontrar em contosancestrais.com.br [1].
BOA LEITURA!!!
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